oliveira da eurídice

oliveira da eurídice

Thursday, August 25, 2011

Da série Dramas da vida real e casos da vida, tardes da júlia e senhoras que possuem santinhas que choram, utilizam óculos e auferem pensões de miséria - caderno II
também conhecido como
Procrastina, valente - volume LXXVIII


A minha oliveira anunciou há dias o fim da sua não-tão-longa-quanto-isso amizade com a dona Joanilde, a amiga imaginária, escriturária reformada com dois filhos, um que já acabou a faculdade e é director (?!) e outra que é linda como o Sol, casa para o ano.
Não fosse este o segundo comunicado do género nos últimos meses (antes da dona Joanilde tinha sido o senhor Adérito, dono de uma loja de ferragens que escrevia poemas do Ultramar e tinha a mulher na retraite), nem me perguntaria (tão pouco a ela)  razão de tanta desamizade.
Achei por bem tentar ir ao fundo da questão, não fosse a minha oliveira estar a transformar-se num criatura anti-social, abespinhada, solitária (teria a quem sair, coitadinha) e perguntar-lhe, enfim, qual o problema dos amigos imaginários que tem tido, para não querer continuar a ser amiga deles.

- Não consigo acreditar neles.

1 comment:

APS said...

É uma boa razão oliveirística!
Saúde-se, entretanto, o fim da hibernação..:-)